Mais humano do que nunca, passarinho

Os pássaros cantam, mas ninguém ouve. Imploram clemência, mesmo sem nada tendo feito. Os pássaros voam e dançam no ar, mas na verdade só estão em busca de um céu azul e uma árvore verde para pousarem sob a brisa fresca.
Nós não somos como os pássaros. Assemelhamo-nos mais com leões e tigres: devorando e atacando à tudo e à todos. Mais fortes ou mais tolos? Interprete como quiser. Mas a verdade é que adoraríamos abrir nossas asas e voar.
Os pássaros são paz; nós somos guerra. Os pássaros são livres; nós estamos aprisionados em nosso medo e covardia.
Por que tanto medo? A alegria é tão assustadora assim, afinal? Deixar-se levar pelas emoções é pisar em um terreno tão incerto e perigoso? Talvez seja, mas é no desafio que está a diversão.
Sejamos como pássaros então: que as guerras fiquem para trás e deixemos de atacarmo-nos em vão; que deixemos para trás a prisão que nos foi imposta por nós mesmos e sejamos de todo liberdade.
Mergulhe de cabeça nesse céu azul com as asas abertas e o vento cortando-lhe a face. Na realidade, corte você mesmo o vento, em toda a sua felicidade e alegria. Dance em meio às nuvens e faça reverencias ao sol.
Sente-se livre agora? Sente-se feliz e realmente vivo? Sente-se mais humano do que nunca, passarinho?

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